1 de agosto de 2011

O passado não é um lugar estranho



A JS e a JSD não têm serventia numa política séria. São uma réplica adestradora do partido-mãe, a táctica é tudo e tudo vale para o epidérmico reconforto de um lugar ao sol. É certo que na JS tudo é mais refinado, os seus quadros berram menos e lêem mais, mas a JSD é a campeã das filiações, é popular no sentido mais chunga do termo, é a política pimba dos jantares e da disputa caciquista dos votos internos, dos autocarros descapotáveis e das homilias cantantes das bebedeiras em comunhão do espírito laranja. Tudo cabe na JS e na JSD menos o programa político, ele nunca acontece no seu tempo, não há posições ou lugar a escolhas, a via é sempre a numérica, a de quem tem mais para chegar mais além.


Não deixa de ser consentâneo que a vitória dos Jotas, com Passos e Seguro à frente do centrão, se cumpra numa época de tutela externa. Quando lêem e obedecem às missivas da troika, tanto Passos como Seguro, sentem que uma lógica se cumpre na sua inteligência e que o passado lhes roça a cara, tudo é como sempre foi. Ainda bem.

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